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segunda-feira, 31 de março de 2014

Leitura obrigatória unificada da FUVEST-UNICAMP 2015


por Eduardo Eide Nagai

Pelo terceiro ano consecutivo, a lista de leitura obrigatória unificada FUVEST e UNICAMP se repete. Os alunos que quiserem ingressar nessas duas faculdades terão que ler os livros a seguir para realizar a prova de literatura. Em breve, disponibilizaremos com exclusividade resumos de cada um desses livros com as biografias dos respectivos autores, nesse blog. 


  • Viagens na minha terra, de Almeida Garrett;
  • Til, de José de Alencar;
  • Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida;
  • Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis;
  • O cortiço, de Aluísio Azevedo;
  • A cidade e as serras, de Eça de Queirós;
  • Vidas secas, de Graciliano Ramos;
  • Capitães da areia, de Jorge Amado;
  • Sentimento do mundo, de Carlos Drummond.




Coesão e coerência textuais na dissertação.

 
por Eduardo Eide Nagai
 
A partir dessa primeira parte de nossos estudos dos critérios de uma redação, abordaremos dois desses principais criterios. São cinco no total. Cada vestibular irá compreendê-los de uma maneira diferente, podendo até ter outros nomes. Porém a ideia de cada um deles não mudará muito, já que os vestibulares se influenciaram muito pela mesma linha da ciência linguística: a linguística textual, que defende a leitura do texto em níveis. 

O primeiro nível é a coesão e trata-se de entender o funcionamento interno da língua, ou seja, as relações internas que o autor faz em todos os elementos do texto. A coerência é o segundo nível, e ela se refere às relações internas e externas dos sentidos do texto. Nesse estudo nos limitaremos a esses dois, mas só para saber, os outros três são: temagênero textual e gramática. Esses são os cinco critérios que os examinadores do vestibular usarão para dar nota ao seu texto.

Vamos agora nos deter um pouco mais nos dois principais critérios: a coesão e coerência. 

É difícil falar de um sem falar do outro, porque ambos se referem a um conceito importante na produção de texto: o conceito da conexão textual. Todo o texto deve ser um tecido, já que ele é um emaranhado de ideias. Devemos falar de apenas um assunto, mas todas informações, sentidos, argumentos, frases, parágrafos devem estar todos relacionados. E além dessas relações internas entre os elementos, também deve estar relacionado com o exterior do texto, com as informações reais do mundo.

Ao primeiro critério de análise, a coesão, nomeamos as conexões internas que fazemos na estrutura do texto. Todos os parágrafos, orações e frases devem estar conectados através de conectivos, que podem ser ou um pronome, ou uma conjunção, ou uma preposição.

Essas ligações que fazemos produzem sentidos, que também devem estar conectados. À conexão dos sentidos damos o nome de coerência. 

Tanto a coesão, quanto a coerência, é o que dá a unidade do texto. Essas conexões farão com que o texto não perca sua unicidade temática. O tema se desdobrará em suas figuras através das ligações estruturais e semânticas.

Além da unidade textual, a coesão e a coerência também garantirão a progressão argumentativa da dissertação. Essas propriedades serão estudadas em estudos posteriores. O que precisa ficar claro nesse estudo é que o nosso texto deve estar de acordo com o fio condutor da sua dissertação. Essas conexões se não bem feitas podem prejudicar a significação do texto.




Leitura e escrita: O trabalho com a palavra.


por Eduardo Eide Nagai

Nestes dias, quando participei de uma reunião de pais e professores na escola onde leciono Língua portuguesa, comecei a conversar com um dos pais sobre a situação do seu filho. Estávamos conversando sobre o porquê seu filho tirou nota baixa na minha matéria. Falávamos sobre o problema que ele tinha em Ler e Escrever e sobre como poderíamos resolver a situação. Porém, quando o pai mostrou para mim a nota que seu filho tirara em minha disciplina percebi que não era a mesma pessoa. O aluno a que se referia o pai e o aluno a que me referia eram alunos diferentes com o mesmo nome. Foi engraçado, pois as características de ambos eram parecidos.

Isso mostra a dificuldade geral que enfrenta os jovens de hoje (talvez de sempre), a sociedade em que vivemos não motiva os seus membros a ler e interpretar o mundo, muito pelo contrário, já dá o mundo a nós prontinhos. Como se isso fosse possível. Podemos dizer que vivemos a era Delivery, ou seja, não precisamos trabalhar o mundo. Ele já está pronto, precisamos desfrutar desta maravilha que criamos. Percebemos em cada relação nossa com a sociedade. Se queremos comida, pedimos nossas pizzas. Se queremos distração, assistimos novelas. Se queremos aprender, os professores transmitem o conhecimento e a ciência já produzidos.

Ler e Escrever são dois lados de uma mesma moeda, ou seja, ambos são trabalhosos e árduos. Ambos exigem reflexão. Atenção. Produção de sentidos. Ambos são processos ativos. Outras pessoas dão à produção de texto o caráter de ativo e a leitura de passivo. Mas isso é um equívoco. Nos dois casos nos esforçamos para trabalhar a palavra. A leitura requer invenção do mundo da mesma forma que a produção de um texto. Ambos são sujeitos, o que escreve e o que lê. Ler não é correr os olhos em uma palavra, mas ler é sobretudo contruir sentido por sentido, como se fosse uma casa em construção. Ler é trabalhar a linguagem. Ler é posicionar-se no mundo. Ler é investir tempo e energia pesada no mundo.

Precisamos ver a leitura deste ponto-de-vista. Como uma a construir. Como um porvir. Como um trabalho.

Se trabalhar é dar sentido a nossa vida, então ler também é estar no mundo com o mundo para o mundo. Ler é existir.

A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER COM QUALIDADE

É sempre difícil começar a escrever um texto. Ficamos perdidos nos milhares de informações e temas que podemos explorar. Ficamos perdidos nos infinitos pontos de vista que podemos defender. Assim é o processo difícil e árduo de escrever. Porém hoje, com o avanço da informática e da internet, parece que podemos simplesmente vomitar o texto. Soltar algo sem nos preocuparmos com a forma, com a estrutura. Os blogs, as comunidades, os perfis, os scraps, os e-mails, e tudo mais que a internet nos oferece fez com que as pessoas conseguissem escrever de maneira mais solta. Mais à vontade.

Isso é um fenômeno interessante de se perceber. As pessoas escrevem. O problema não está nisso. O problema é quando os alunos transferem esta escrita para a sala de aula. Sou professor de português e percebo isso nitidamente. Corrigindo as redações percebo a ausência de acentos gráficos, de pontuação, de ortografia, etc. Os textos inclusive estão menores e tudo mais. Há ausência também de argumentos. Ora. As pessoas estão escrevendo mais, mas ao mesmo tempo desaprenderam a se expressar.

Não estou com este texto querendo criticar a internet, muito pelo contrário, acredito nos benefícios que ela PODE nos oferecer. Também não quero criticar os alunos que estão desaprendendo a escrever. Mas quero ressaltar a responsabilidade que nós, professores, temos de saber lidar com isso e remar contra a maré, ensinar os homens e mulheres a se expressarem de acordo com a situação. Com o contexto. Com o gênero textual que o sujeito se propõe a escrever.

O ato de escrever é tão importante quanto o ato de ler. Estes dois se completam a partir do momento que este último nos faz conhecer o mundo e o primeiro nos faz nos relacionarmos com este mundo. Não adianta eu apenas conhecê-lo, é preciso estar em contato direto. Interagir com ele. Mudá-lo. A nossa escrita faz com que eu perceba o mundo de forma mais organizada. Não aprendemos apenas quando lemos, mas também quando escrevemos, pois é neste ato de escrever que eu vou ter que relacionar tudo o que já vi, o que já li, o que já vivi.

Aprender a escrever é um direito de todos os homens e mulheres deste mundão. Se estivermos escrevendo na internet, no caderno, no vestibular, no diário, nos panfletos, nos ofícios, ou em cartas para outras pessoas, que a gente compreenda o que nós estamos fazendo. Transformando o mundo.



domingo, 30 de março de 2014

A concepção de texto nos vestibulares e nos concursos.

 
por Eduardo Eide Nagai

Podemos fazer duas perguntas envolvendo o texto: uma delas é o que é texto, e outra é o que algo precisa ter para ser considerado texto? Das duas perguntas, a primeira é mais filosófica, já que se trata de uma questão ampla e que pode gerar inúmeras respostas; enquanto a segunda é mais científica, já que suas respostas serão mais objetivas. Apesar de serem diferentes, uma necessita da outra. Dependendo da resposta da primeira, teremos respostas distintas para a segunda.
Gostaria de começar pela segunda pergunta. Afirmamos que ela seja uma pergunta científica porque o texto é colocado como um objeto de estudos e dessa forma podemos descrevê-lo em algumas de suas características. E se o colocarmos como um objeto, veremos não uma coisa estática, parada ou estável. Ao contrário, ele pode se manifestar de inúmeras maneiras. A primeira delas é a que mais a percebemos como texto: a verbal, que é todo aquele produzido através de palavras. Dessa maneira, vemo-lo, como um conjunto de palavras organizadas promovendo um ou mais sentidos para um interlocutor. E, claro, esse aglomerado de palavras foi feito por alguém, que é o autor, direcionado para o seu interlocutor, que é o leitor.

Outra manifestação do texto é a imagem. Assim como o verbal, o imagético também foi feito por um autor, para seu interlocutor. O que o diferencia do verbal é a sua natureza imagética, caracterizada não por se compor através de palavras, mas por traços, cores, movimento, etc. Ao contrário do verbal, as possibilidades de sentidos são maiores, tratam-se de textos mais subjetivos, dando maior liberdade ao autor, como ao leitor. Podem ser fotos, desenhos, caricaturas, mapas, charges, tirinhas. É muito comum também vermos um texto que misture a manifestação verbal com a imagética. Quando isso acontecer, para entendê-lo é preciso analisar não a imagem separada da palavra, ao contrário, uma deve ser entendida em relação com a outra. Além disso, para entender um texto devemos levar em consideração alguns aspectos.

Um deles é o contexto social em que ele é produzido. Os sujeitos (autor e leitor) estão inseridos em uma determinada cultura e por isso eles o leem de diferentes maneiras. E desse jeito, nós, também, enquanto autores e leitores, estamos inseridos em determinadas culturas que influenciam a nossa leitura. Não podemos desprezar esse aspecto. O sentido do texto depende dessa inserção cultural dos sujeitos do texto.

Da mesma forma, além da questão do contexto, precisamos entender que todos os fragmentos textuais têm uma história, ou seja, não estão isolados de outros, mas se relacionam. Chamamos isso de intertextualidade. Cada texto está relacionado com outros que o precedem. E da mesma forma se antecipa a outros, que o respondem.

E por fim, todos eles são caracterizados por uma determinada estrutura. Cada tipo textual possui suas características, que o compõe. Por exemplo, a dissertação é dissertação, porque ela possui alguns elementos que a caracterizam: o fato de conter um posicionamento do autor, e de este em contrapartida utilizar-se de argumentos para confirmar a sua tomada de posição perante um determinado tema. Já, a narração tem uma estrutura distinta, tem como componentes personagens que tramam uma história dentro do espaço e do tempo de um enredo. Enfim, cada tipo de texto terá sua estrutura definida, que pode se modificar ao longo do tempo, de acordo com os seus usos por parte de seus sujeitos.

Colocadas essas questão referentes ao que faz do texto um texto, precisamos entender qual a sua definição. Podemos defini-lo, então, como qualquer manifestação da linguagem que produz sentidos para determinados sujeitos inseridos em certos contextos culturais. Entendendo por sujeitos, aquelas pessoas envolvidas na trama do texto, como por exemplo o autor, aquele que produz o texto, e leitor, aquele que lê o texto. E, por sentidos, entendemos qualquer efeito que o texto possa produzir, como informações, mensagens, convencimentos, ideologias, sentimentos, sensações etc.




Textualidade: os limites do texto.


por Eduardo Eide Nagai

Em uma das minhas aulas de português perguntei aos alunos o que eu precisava para fazer um texto, e eles me falaram “palavras”, “sentidos”, “estrutura”, “caneta”, “papel”, computador”. Dando continuidade para a aula, e para que eles pudessem comparar, perguntei também o que eu precisava para construir uma casa, aí falaram: “pedreiro”, “tijolos”, “alicerce”, “terreno”, “dinheiro”, “planta”. Surpreendeu-me essas respostas e disse a eles que construir um texto é como construir uma casa, se para construirmos uma casa precisamos de um pedreiro, para construir um texto precisaríamos de quê?

A presença dos sujeitos

Alguém levantou a mão e falou “de um autor”. Isso. E quando eu faço um texto, eu preciso apenas de um autor? Eles se calaram e depois de um tempo, “e de um leitor”. Comparar a construção de um texto com uma casa foi eficaz, pois quando pensamos na casa lembramos do pedreiro, afinal, é um trabalho duro. Agora e o texto? Por que ninguém lembra do autor? Ele também constrói o texto, ele também aplica determinada energia na produção de um texto, mas me dá a impressão de que as escolas, no ensino de português, se esquecem de falar isso para os alunos, que fazer um texto é um compromisso e esse compromisso requer uma prática. Eu não preciso me esconder no texto. Em todos eles há um autor. Agora, o processo inverso também é verdade. O leitor é tão importante quanto o autor. Sem o leitor o texto não existiria. É para ele que produzimos o texto. Sempre devemos ter em mente ao produzir um texto que o leitor deve ler o texto e deve ter alguma reação ao lê-lo. Ao escrever um texto deve-se ter em mente quem será o leitor do meu texto?

O contexto no texto e o texto no contexto

Também os alunos falaram em terreno para a construção da casa, mas para o texto não falaram nenhum correspondente. Fica claro para eles que sem terreno não há casa, e devemos levá-lo em conta, analisar quem está em volta, os vizinhos, se o terreno agüenta o peso da casa, etc. No texto é a mesma coisa, devemos olhar em nossa volta, o contexto em que o texto está sendo produzido é extremamente importante na produção do texto tanto para servir de tema, quando para servir de base teórica. É o contexto que vai nos indicar o que podemos escrever, o que podemos ler, o como proceder para transformar o texto, etc. Terreno e o contexto irão sustentar o texto, servir tanto de tema como base para um bom texto. Sem contexto não há texto, já que esse existe em determinado espaço-tempo. O texto está inserido na história. E a história também servirá de trama para este texto.

A estrutura e o alicerce

Outra questão importante é o alicerce. Ele servirá de esqueleto para a casa da mesma forma que para o texto realmente é importante a estrutura, cada tipo de texto terá seu alicerce, ou seja, sua forma. Uma dissertação não se escreve da mesma forma que uma narração e vice-versa. Isso precisa ficar claro para o aluno. Também, se para a casa precisamos de uma planta, ou seja, um esboço anterior à construção, para o produtor de um texto é importante um planejamento. Antes de escreve eu devo pensar “o que eu vou escrever?”, “para quê?”, “Como eu pretendo escrever?”. Se respondermos essas perguntas antes de produzir um texto, então ele ficará mais organizado.

A palavra como material interacional

Porém, de todos os elementos que os alunos falaram, o mais importante para o texto é sem dúvida a palavra. É através dela e para ela que escrevemos. A palavra é o momento sublime da linguagem. A ponte entre os sujeitos da comunicação (autor e leitor), a ponte que passa do sujeito para o contexto (o mundo), a palavra é o trator que derruba impérios e muros, a ponte que liga a infelicidade da felicidade. É a palavra que faz com que nos tornemos humanos, demasiadamente humanos. É a palavra o tijolo da linguagem, é ela o material do texto, a substância, é através dela que vamos nos refugiar no mundo e do mundo, expressando o que temos em nosso interior, seja ódio, seja o medo, seja o sonho, seja a vontade de passar uma idéia. Produzir um texto, assim como ler, é mostrar para o que é externo em nosso corpo, a fúria do eu. A fúria que ronda toda e qualquer subjetividade. A fúria da libertação de qualquer escravidão. Produzir texto é respirar. A palavra é o produto material do texto, direcionando o sentido dele. A palavra é o que interage os homens e as mulheres do nosso planeta.

 


segunda-feira, 24 de março de 2014

História da língua portuguesa

por Eduardo Eide Nagai


Quando falamos da história da Língua Portuguesa esquecemo-nos de seu processo. Os professores muitas vezes nos ensinaram uma história passiva e pacífica da Língua, mas precisamos nos lembrar, a todo o instante, de que a língua nacional foi utilizada como uma forma de colonização. E o que podemos fazer em relação a isso? Ora, podemos considerar, em nossos estudos, vozes que até então foram excluídas da história. Podemos entender outros pontos de vista que, até então, foram excluídos. Assim, como podemos entender os seus medos, os seus sonhos, os seus sofrimentos, as suas explorações, etc. Como os dos africanos, por exemplo, ou os dos indígenas que já habitavam as terras brasileiras muito antes de seu "suposto descobrimento". Ao fazermos isso, perceberemos que temos com eles mais em comum do que imaginamos. Isso nos aproximará, valorizando-nos. Incluindo uma parte de nós, que nós mesmos excluíamos, até então. Não há como negar que a africanidade é uma parte de nossa identidade coletiva. E através do estudo da língua portuguesa em seus diversos países ficará mais claro tudo isso que estou falando.

Dividimos sua origem para estudar a língua portuguesa em alguns tópicos importantes:1. O Latim:
  • na antiguidade
  • no feudalismo
2. A Língua portuguesa:
  • no feudalismo
  • nas grandes navegações
  • nos países lusófonos
3. As Línguas oprimidas (Crioulo, Tetum e Tupi):
  • na áfrica, em Timor-leste e no Brasil.

O primeiro tópico trata-se da origem da Língua Portuguesa, nosso objeto de estudo neste momento. Na antiguidade o Latim se dividia em dois, o Latim Clássiso e o Latim Vulgar, lembrando que o primeiro era utilizado pelos poetas, pelos filósofos, ou seja, em escritos artísticos e científicos no império romano, que utilizava o latim para dominar os povos subjugados por Roma. No Feudalismo, com o fim do Império Romano, o Latim vulgar forma as línguas nacionais. Dependendo de cada região do antigo Império, o latim formou uma língua diferente. O clero e a nobreza insistem em utilizar o Latim em missas e para traduzir a bíblia, fazendo com que a maioria da população dos feudos não pudesse interpretar a sua religião de forma diferente. O latim, portanto, também foi utilizado como meio de dominação, desta vez pela igreja católica.

O feudalismo começa a se instabilizar e dá seu suspiro final com a Reforma Protestante, liderada por Martinho Lutero. Ele traduz a Bíblia em várias línguas nacionais, o que permite o desenvolvimento de outras religiões, formando assim as Igrejas Protestantes, também chamadas de Evangélicas, abrindo a possibilidade de leitura da bíblia pela população, é neste momento que as missas começam a ser realizadas em língua nacional depois que a Igreja Católica decide seguir a abertura para a população em geral, como os protestantes. A língua portuguesa surge em Portugal. Iniciamos assim, a discussão do segundo tópico: a Língua Portuguesa.

Com o rápido desenvolvimento de Portugal e da Espanha, as grandes navegações expandiram a Língua portuguesa em diversos outros países, devido à colonização de Portugal no Brasil, em Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. A língua começa a se desenvolver nesses países e assim o colonizador utilizou o português para dominar. A história da língua portuguesa é uma história de dominação como podemos ver, entrando em conflito com as línguas nativas, ou seja, as línguas que se formaram nos países colonizados antes mesmo do português chegar nesses lugares.

No Brasil havia o predomínio do Tupi-guarani, que era uma língua falada pela maioria das tribos brasileiras, apesar de cada tribo possuir sua língua, o tupi, como língua mãe da maioria delas, era utilizado para que as tribos se comunicassem entre si. Já o Tetum, língua de Timor-Leste país asiático, formou-se a partir da interação da Língua portuguesa, do inglês e da língua da Indonésia. Esta língua era falada em Timor, pois depois de sua independência em relação à Portugual (em 1975), a Indonésia, ao dominar Timor proibiu o uso do português em suas terras. Assim, formou-se o tetum para a comunicação entre os timorenses. Já o crioulo tem sua história nas Áfricas, ele divide espaço com diversas outras línguas africanas. Porém em Cabo Verde, em Angola e em São Tomé e Príncipe era a língua mais utilizada e a que mais sofreu por causa da colonização.

Todas estas línguas tinham sua história antes do português chegar ao seu domínio, e depois disso, foram sendo descaracterizados. O Tupi não se fala no Brasil. O Tetum e o Crioulo são utilizados por suas populações somente entre as famílias e no seu dia-a-dia; já nos prédios governamentais, nas escolas, nas mídias, utiliza-se o português. Isso tudo não é ensinado nas escolas brasileiras. Para sabermos de onde viemos, quem somos e para onde vamos utilizando a nossa língua portuguesa precisamos compreender essa história de opressão através da língua.




Boas vindas.


Olá amigos e amigas,

Estou postando esse texto para desejar a vocês as boas vindas ao blog do Portal OFICINAA. É um blog que tem como objetivo facilitar os estudos de vestibulandos e concurseiros que querem estudar língua portuguesa. Espero que gostem. Em breve, teremos um portal completo, com aulas, dicas e informações sobre os principais vestibulares do país. Não percam.